Cada encontro, um passo para uma vida mais autêntica

Tenho um caminho que foi trilhado apenas por mim. Claro que você pode dizer que isso vale para todos, mas digo isto pois iniciei minha jornada acadêmica em uma graduação em terapias integrativas chamada Naturologia. Nesta faculdade pude desenvolver uma visão ampla de ser humano, integrada à natureza. 

Para você entender melhor, o Naturólogo atua como facilitador de um processo de autoconhecimento e autocuidado, utilizando as terapias integrativas  (fitoterapia, aromaterapia, práticas corporais, terapias manuais, entre outros) para estimular a capacidade de autorregulação e cura do próprio organismo. 

O objetivo não é apenas aliviar sintomas, mas despertar no indivíduo uma consciência ampliada sobre si mesmo, seu corpo, emoções, pensamentos e relações, favorecendo o desenvolvimento de uma vida mais saudável e significativa.

Nesta graduação, na disciplina de arteterapia, conheci a Psicologia Analítica de C. G. Jung, uma abordagem da Psicologia que, entre outras coisas, entende a vida de forma simbólica e traz um caminho de realização pessoal que Jung chamou de processo de individuação, no qual a pessoa aprende a viver alinhando sua vida diária com sua verdade interior. 

Na sequência, ingressei na pós graduação em Psicologia Analítica no IJEP em São Paulo. Passei, assim, a atuar como psicoterapeuta com abordagem junguiana. Após anos atuando desta forma, tomei a decisão de cursar a graduação em Psicologia, não por sentir a necessidade em relação ao meu trabalho, mas por ter o dever de explicar, em todos os meus atendimentos iniciais, que eu era um psicoterapeuta e não um psicólogo – uma questão legal.

Cursei a Psicologia com a certeza de que sairia de lá tão junguiano quanto entrei. Até o quarto ano de faculdade foi isso mesmo que aconteceu. No quinto ano, no estágio de atendimento à comunidade, conheci mais de perto a abordagem fenomenológico-existencial.

Tive o mesmo sentimento de encontro com algo que me completava. Ao longo do ano fui percebendo em mim o renascimento desse sentimento de encantamento e passei a me dedicar todos os dias a estudar este novo-velho olhar para o ser humano. Um olhar que entende que cada pessoa é única e constrói sua própria história a partir do jeito como sente, pensa e se relaciona com o mundo. 

Apesar de parecer simples, fui percebendo que vivemos em um mundo que sempre espera ou impõe algo a todas as pessoas. Este caminho de autenticidade proposto por esta abordagem nos coloca diante de uma imensa responsabilidade perante nossas vidas. E isso foi o que mais me cativou.

Hoje estou em mais uma pós graduação em Gestalt Terapia, uma das abordagens fenomenológicas. E sigo caminhando.