Terapia para Problemas de Relacionamento

Por Daniel Nunes em 03/12/2014

De fato não é uma tarefa simples se sentir feliz com um companheiro a longo prazo. Geralmente começamos muito bem, com um sentimento alegre e leve. O outro é um bálsamo em nossa vida. Entretanto, após algum tempo, passamos a enxergar algumas características no outro que não pareciam estar lá. Qualidades que pareciam tão pequenas se agigantam e quase cobrem a forma como percebemos aquele que nos acompanha.

O que isso significa? Por que isso é tão comum? O que a Psicoterapia Junguiana tem a oferecer para este tipo de dificuldade?

Um dos conceitos mais populares da psicologia junguiana é o da projeção. As pessoas, em geral, já sabem que quando algo no outro é sentido como ruim, é porque quem está incomodado tem em si essa mesma característica. Um exemplo pode ser alguém que guarda muito sua raiva e se incomoda profundamente com aqueles que mostram sua raiva. E há muito mais exemplos que todos certamente já conhecemos.

Mas qual é a função deste mecanismo?

A projeção é uma estratégia de nossa psique para podermos enxergar quem somos. Dessa forma, na relação com o outro, podemos aprender mais de nós mesmos e superarmos mais rapidamente algumas dificuldades.

 

O problema é que geralmente ficamos presos no outro e não damos esse passo tão importante de reconhecermos em nós esses “defeitos”. Ficamos dominados pelo orgulho, pela mágoa e nos fechamos à relação. Aos poucos a relação vai se tornando cada vez mais difícil de ser suportada até que vem a separação e os dois terão que iniciar uma nova jornada. Começar tudo de novo. E o que eu vejo é essa esperança infantil de que “dessa vez vou encontrar a pessoa certa!” – Doce ilusão!!

A psicoterapia, além de outras coisas, irá auxiliar o indivíduo a se reconhecer em sua totalidade. Isso significa que iremos poder acolher nossas imperfeições e também reconhecer nossas boas qualidades escondidas. O acolhimento das imperfeições é um processo complexo e delicado da terapia, pois isso envolve muitos elementos da história da pessoa, principalmente sua relação com pai e mãe desde a infância. Esse passo tão delicado é uma libertação, pois quando acolhemos nossas imperfeições, estamos de certa forma acolhendo nossa própria história e isso, misteriosamente, nos torna mais capazes de acolher as histórias das outras pessoas – ou melhor, acolher AS outras pessoas. Significa também dizer que nos tornamos menos egoístas e mais generosos.

Quando uma tal atitude passa a existir num relacionamento, é muito natural que a relação fique mais leve e harmoniosa. Antes as projeções cegavam os parceiros, mas agora o outro é visto como de fato é, sem mais nem menos; e isso oferece o espaço necessário para que a energia amorosa possa estar presente. O amor só é possível em liberdade e não há como se ter liberdade em uma relação duradoura sem atravessarmos a barreira de nossas projeções.

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