O Transtorno de Pânico e a Psicoterapia

Por Daniel Nunes em 29/07/2015

Uma crise (ou transtorno) de pânico é um evento extremamente desagradável que praticamente impossibilita a pessoa, no momento da crise, de conseguir tomar alguma atitude para aliviar seus sintomas. Além disso, a pessoa passa a temer que outra crise venha e isso, aos poucos, vai fazendo com que o indivíduo tenha cada vez menos liberdade. Algumas vezes sua vida passa a ser a angústia que vem da expectativa de um novo ataque de pânico. Com certeza nenhuma pessoa quer passar por isso!

Em minha prática psicoterapêutica eu pude observar que, no geral, existe um fator etiológico emocional por traz das crises. Segredos guardados, culpas antigas, muita pressão no ambiente de trabalho (principalmente os que trabalham por metas), entre outros. Esses fatores, quando vividos ao longo de um certo tempo, passam a ter uma força considerável sobre nosso estado cotidiano. Mesmo que não estejamos em uma crise, não podemos realmente sentir paz e alegria de forma serena.

O que a psicoterapia tem a nos oferecer? Como é o olhar do terapeuta diante desta condição psicológica?

Cada indivíduo é um caso único. Não há como se prever a profundidade do conflito emocional. Há casos em que o conflito não é tão profundo e uma simples tomada de consciência e mudança de atitude podem resolver. Para o leitor entender melhor, imagine uma pessoa que tem o hábito de sempre guardar segredos. Por algum motivo esta pessoa sente que não pode confiar nas outras e passa a viver uma vida secreta. Entretanto, há muitas coisas que se pode contar, mesmo que isso traga (ou não) algum conflito. Mas falta a coragem. Quando a pessoa se dá conta e procura encontrar coragem para dizer certas coisas, boa parte da pressão que sentia se vai, da mesma forma que o ar sai de uma panela quando se remove o pino da tampa.

Com este exemplo eu procurei dar ao leitor uma breve idéia de que muitas vezes pode ser simples se tratar alguém com crises de pânico. Mas é claro que nem sempre é assim. Entretanto a psicoterapia sempre irá procurar auxiliar o cliente a se tornar consciente das forças que estão gerando as crises. Geralmente esta consciência já traz alguma melhora, mas não se pode esquecer que muitas vezes é necessário também construir uma nova atitude que não mais alimente o conflito que estava causando as crises.

A culpa é um dos fatores mais complicados, pois muitas vezes está ligada à situações importantes e que dificilmente podem ser resolvidas de forma racional. Para essas situações eu sinto que a Psicologia Junguiana, ao abordar a vida de forma simbólica, possui uma grande ferramenta para que essas pessoas possam ampliar sua compreensão em relação a atitudes indesejadas do passado.
Eu realmente acredito que muitas pessoas que sofrem de crises de pânico não precisariam tomar medicação, mas não posso afirmar que é assim em todos os casos. De qualquer forma, penso que elas devem procurar um meio de serem livres em suas emoções e afetos para poderem gozar de uma vida mais serena e prazerosa.

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